sábado, 22 de outubro de 2011

CORRIE TEN BOOM

        

                 CORRIE TEN BOOM


A viver na Holanda, durante a Segunda Guerra Mundial, Corrie livrou vários judeus da perseguição nazi da morte, escondendo-os  num quarto secreto na casa da sua família. Mas pagou um preço altíssimo por isso, tendo sido presa juntamente com a  irmã e o pai, tendo sofrido todo o  tipo de dor, injustiça e humilhação.
Você vai  emocionar-se intensamente com a vida de Corrie ten Boom, ao ler a sua obra    " O Refúgio Secreto " : as lembranças da infância, a vida pacata no interior da Holanda, o seu trabalho na relojoaria do pai, as atividades no movimento de resistência holandesa quando o país foi ocupado pelo exército alemão.
Vai viver juntamente com ela o medo de que a qualquer momento a polícia descobrisse os judeus em sua casa, os horrores dos campos de concentração, a perda de parentes e amigos queridos.
Com efeito, Corrie e o "grupo da Beje" pocuravam famílias holandesas corajosas que estivessem dispostas a acolher refugiados, e grande parte do tempo de Corrie era passado a cuidar destas pessoas quando estavam escondidas. Através destas actividades, a família Ten Boom e os seus muitos amigos , salvaram as vidas de cerca de 800 Judeus e protegeram muitos trabalhadores clandestinos holandeses.
Porém, no dia 28 de Fevereiro de 1944, a família de Casper recebe a Gestapo (a polícia secreta nazi) que faz uma rusga à casa deles. A Gestapo montou uma armadilha e esperou todo o dia, prendendo quem viesse até àquela casa. À noite, mais de 20 pessoas tinham sido presas! Casper, Corrie e Betsie foram presos. O irmão de Corrie ,Willem, a irmã Nollie e o sobrinho Peter estavam em casa naquele dia e também foram levados para a prisão.
Apesar de a Gestapo ter revistado a casa de alto a baixo, não conseguiram encontrar os dois judeus, as duas mulheres judias e os dois membros do mundo clandestino holandês que estavam escondidos em segurança por trás de uma parede falsa no quarto de Corrie. Apesar de a casa ter permanecido sob vigia, a Resistência conseguiu libertar os refugiados dois dias depois. As seis pessoas tinham conseguido manter-se caladas no seu esconderijo pequeno e escuro, apesar de não terem água e muito pouca comida. Os quatro Judeus foram levados para "casas seguras" novas e três sobreviveram à guerra. Um dos trabalhadores clandestinos foi morto durante os anos da guerra, mas o outro sobreviveu. Devido ao facto de os nazis terem encontrado materiais clandestinos e cupões de refeição extra em sua casa, a família ten Boom foi encarcerada. Casper (84 anos) morreu apenas 10 dias depois na Prisão de Scheveningen. Quando perguntaram a Casper se ele sabia que podia morrer por ajudar Judeus, ele respondeu: "Seria uma honra para mim dar a minha vida pelo antigo povo de Deus." Corrie e Betsie passaram 10 meses em três prisões diferentes, tendo a última sido o abominável campo de concentração de Ravensbruck, situado perto de Berlim, na Alemanha. A vida no campo era quase insuportável, mas Corrie e Betsie passavam o tempo a partilhar o amor de Jesus com os outros prisioneiros. Muitas mulheres converteram-se ao Cristianismo naquele terrível local por causa do testemunho de Corrie e Betsie. Betsie (59 anos) morreu em Ravensbruck, mas Corrie sobreviveu. O sobrinho de Corrie, Christian (24 anos), tinha sido enviado para Bergen Belsen pelo seu trabalho no mundo clandestino. Não voltou. O irmão de Corrie, Willem (60 anos), também era um líder no mundo clandestino holandês. Durante o tempo passado na prisão por este "crime," contraiu tuberculose vertebral e morreu pouco depois da guerra.
Quatro ten Boom deram a sua vida pelo compromisso da sua família, mas Corrie voltou a casa do campo de morte. Apercebeu-de de que a sua vida foi uma dádiva de Deus e precisava de partilhar aquilo que ela e Betsie tinham aprendido em Ravensbruck: "Não existe nenhum poço mais fundo do que o amor de Deus," e "Deus dar-nos-á o amor para podermos perdoar aos nossos inimigos." Aos 53 anos, Corrie começou uma missão mundial que a levou a mais de 60 países nos 32 anos seguintes! Ela testemunhou o amor de Deus e encorajou todas as pessoas que conheceu com a mensagem de que "Jesus é o Vencedor." Corrie recebeu muitos tributos pelos seus esforços.
A seguir à guerra, Corrie foi honrada pela Rainha da Holanda como Heroína de Guerra.
Em 1968, o Museu do Holocausto, em Jerusalém, pediu a Corrie para plantar uma árvore no Jardim da Justiça, em honra das muitas vidas judias que a família dela salvou. A árvore de Corrie ainda lá está hoje.
No início dos anos 70, o livro de Corrie O Esconderijo tornou-se um best-seller, e a World Wide Pictures, produziu o grande filme de cinema "O Esconderijo." Corrie continuou a escrever muitos outros livros inspiradores.
Corrie foi uma mulher fiel a Deus.
Morreu no dia do seu 91.º aniversário, 15 de Abril de 1983.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011