Pois é amigos, apresento-vos um homem que vive no nosso século e que do meu ponto de vista, já faz parte da legião dos muitos " Resistentes com Cristo" e é ele, nada mais nada menos , do que Christopher Catrambone .
Trata-se de um empresário americano de 31 anos, riquíssimo, dono de uma companhia que oferece seguros em zonas de conflito, para funcionários do exército americano , voluntários de ONGs internacionais, jornalistas e missionários, que ao viajar pela costa da Sicília até à Tunísia, se apercebeu da situação de milhares de fugitivos das zonas de conflito, pelo Mar Mediterrâneo para chegarem à Europa.
Com o seu espírito empreendedor e missionário, logo decidiu montar a sua própria equipe de busca e de resgate, para salvar imigrantes que se arriscam a perder as suas vidas e dos seus familiares, no meio do oceano.
Depois de ouvir vários relatos de morte de imigrantes no meio do mar, Christopher decidiu agir. Em Junho de 2014, a embarcação "Phoenix ", foi conduzida de Portsmouth na Virgínia, até à costa de Malta onde foi totalmente reformada. Todas as despesas foram cobertas pela " Tangiers Group ", companhia de Catrambone. Este, além de adquirir dois barcos insufláveis, alugou ainda ,dois drones e contratou uma experiente equipa de busca e de resgate.
Em Agosto de 2014, o " Phoenix " saiu na sua primeira missão internacional , rumo à costa da Líbia. Nesse ano, 100.000 pessoas aventuraram- se em barcos instáveis, que deixavam a costa do país, tendo morrido pelo menos, 3.400 dessas pessoas.
Em cerca de 10 semanas, o Phoenix, resgatou 1.462 pessoas e ajudou ainda,outras 1.500 em operações conjuntas com navios da Marinha italiana. A sua esposa Regina, e a sua filha, ajudam a cuidar dos imigrantes resgatados.
A primeira missão de 2015, envolveu dois barcos de pesca lotados de imigrantes da Eritreia, que fogem de uma ditadura que já dura há mais de 20 anos e que é tristemente célebre pela tortura , serviço militar forçado, e mortes extra- judiciais.
Mesmo com problemas no momento do resgate - um bote que se esvaziou e três pessoas que quase morreram afogadas - a tripulação considerou a operação um sucesso. Depois de dois dias de viagem, os refugiados foram recebidos num acampamento com tendas para atendimento médico e alimentação, na costa da Sicília.
Christopher e a sua esposa, orgulham-se do seu trabalho e afirmam "Mesmo que um dia, fiquemos pobres, nunca mudaríamos nada " , dizem confiantes de que se algum dia o seu negócio falir, nunca se arrependerão de ter gasto o seu tempo e dinheiro, em operações de resgate.
Maravilhoso exemplo!
Houvesse muitos homens assim !
Helena Sousa
( Artigo Jornalístico )