OS CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NO TEMPO DA ALEMANHA NAZI
Nome dos Campos / País / Tipo de CampoArbeitsdorf - Alemanha - Trabalho - Abril 1942
Auschwitz - Birkenau - Polônia -
Extermínio / Trabalho. Abril 1940
Bardufoss - Noruega - Concentração - Março 1944
Belzec - Polônia - Extermínio. Março 1942
Bergen-Belsen - Alemanha - Abril 1943 - Abril 1945
Breendonk - Bélgica - Prisão / Trabalho. Setembro 1940 -
Setembro 1944
Breitenau - Alemanha - Trabalho. Junho 1933 - Março 1934
Buchenwald - Alemanha - Trabalho. Julho 1937 - Abril 1945
Chełmno - Polônia - Extermínio. Dezembro 1941 - Abril 1943
Dachau - Alemanha - Trabalho. Março 1933 - Abril 1945
Falstad - Noruega - Prisão. Dezembro 1941 - Maio 1945
Flossenbürg - Alemanha - Trabalho. Maio 1938 - Abril 1945
Grini - Noruega - Prisão. Junho 1941 - Maio 1945
Gross-Rosen - Polónia -Trabalho. Agosto 1940 - Fevereiro 1945
Herzogenbusch ('s-Hertogenbosch) -Países Baixos - Prisão e
Trânsito. 1943 - Verão de 1944
Hinzert - Alemanha - Julho 1940 - Março 1945
Jasenovac - Croácia - Extermínio. Agosto 1941 - Abril 1945
Kaufering/Landsberg - Alemanha - Trabalho. Junho 1943 - Abril
1945
Kauen(Kaunas) - Lituânia - Gueto e Internação.
Klooga - Estônia - Trabalho. Verão 1943 - Setembro 1944
Langenstein Zwieberge - Alemanha Buchenwald Camp - Abril
1944 - Abril 1945
Le Vernet - França - Internação - 1939 - 1944
Lwów (L'viv) - Ucrânia -Gueto / Trânsito / Trabalho e
Extermínio . Setembro 1941 - Novembro 1943
Majdanek - Polônia - Extermínio. Julho 1941 - Julho 1944
Malchow - Alemanha - Trabalho e Trânsito. Inverno 1943 -
Maio 1945
Maly Trostenets - Bielorrússia - Extermínio. Julho 1941 - Junho
1944
Mauthausen-Gusen - Áustria- Trabalho. Agosto 1938 - Maio 1945
Mittelbau-Dora - Alemanha - Trabalho. Setembro 1943 - Abril 1945
Natzweiler-Struthof - França - Trabalho. Maio 1941 - Setembro 1944
Neuengamme - Alemanha - Trabalho. Dezembro1938 - Maio 1945
Niederhagen - Alemanha - Prisão e Trabalho. Setembro 1941
Oranienburg - Alemanha - Agrupamento. Março 1933 - Julho 1934
Osthofen - Alemanha - Agrupamento. Março 1933 - Julho 1934
Płaszów - Polônia - Trabalho. Dezembro 1942 - Janeiro 1945
Ravensbrück - Alemanha - Trabalho. Maio 1939 - Abril 1945
Riga-Kaiserwald (Mežaparks) - Letónia - Trabalho. 1942 - Agosto 1944
Risiera di San Sabba - (Trieste) Itália- Detenção da polícia. Setembro 1943 - Abril 1945
Sachsenhausen - Alemanha - Trabalho. Julho 1936 - Abril 1945
Sobibór - Polônia - Extermínio. Maio 1942 - Outubro 1943
Stutthof - Polônia - Campo de Trabalho . Setembro 1939 - Maio 1945
Lager Sylt (Alderney) - Ilhas do Canal - Trabalho. Março 1943 - Junho 1944
Theresienstad - República Checa - Trânsito e Gueto. Novembro 1941 - Maio 1945
Treblinka - Polônia - Extermínio. Julho 1942 - Novembro 1943
Vaivara - Estônia ? - Setembro 1943 - Fevereiro 1944. ?
Varsóvia - Polônia - Extermínio e Trabalho. 1942 - 1944
Westerbork - Países Baixos -
Agrupamento . Outubro 1939 - Abril 1945 .
( QUARENTA E SEIS CAMPOS AO TODO , NESTA LISTA .
Faltam ainda muitos por enumerar ) .
Agrupamento . Outubro 1939 - Abril 1945 .
( QUARENTA E SEIS CAMPOS AO TODO , NESTA LISTA .
Faltam ainda muitos por enumerar ) .
RELATO DE UM SOBREVIVENTE DE
AUSCHWITZ
Aqueles homens tinham batido no fundo mais fundo da condição humana, pois nada de nada era já seu: sem roupa, sem cabelo, sem nome, ficariam presos à vida por um simples número de prisioneiro gravado na pele.
Ao fim de algumas semanas de internamento, aqueles homens aprenderam rapidamente as leis da sobrevivência.
Aprenderam a não fazer perguntas e a mostrar constantemente uma máscara de compreensão; aprenderam a dar valor à alimentação, rapando cuidadosamente o fundo das tigelas; aprenderam que tudo tem uma utilidade: o arame, para atar os sapatos; o papel, para forrarem os casacos contra o frio; os trapos para as ligaduras nos pés.
Os rituais a cumprir eram intermináveis: todas as manhãs era preciso catar o colchão dos percevejos, dar lustro aos sapatos com óleo de máquina, tirar as nódoas da roupa; à noite, era preciso lavar os pés e catar os piolhos; ao sábado, deviam fazer a barba, cortar o cabelo e remendar os andrajos; ao domingo, tinham que submeter-se à pesquisa da sarna e à fiscalização dos botões do casaco ( era preciso ter cinco).
Quando as unhas cresciam, tinham que as roer; se iam às sanitas ou aos lavabos eram obrigados a levar quanto possuíam, caso contrário seriam imediatamente roubados.
A morte começava pelos sapatos.
Ao cabo de várias horas de marcha , os sapatos provocavam chagas dolorosas que, infalivelmente, infectavam. Aquele que estava ferido nos pés tinha de avançar como se arrastasse correntes; chegava a toda a parte em último lugar e era constantemente agredido.
Todos trabalhavam, com excepção dos doentes. Todas as manhãs saíam do campo em direcção a uma fábrica de borracha, donde saíam antes do anoitecer a fim de evitar as evasões.
Todos os dias, segundo um ritmo pré-estabelecido, sair e entrar, trabalhar, dormir e comer, cair doente, curar-se ou morrer.
Agora é tempo de falar dos outros, dos que serviram de cobaias aos médicos das SS, que utilizavam em experiências nas suas enfermarias: congelação, castração, inoculação de tifo.
E dos velhos, doentes, mulheres e crianças que simplesmente foram engolidos pela noite.
E ninguém lhes disse adeus. Levados para as câmaras de gás, eram cruelmente assassinados.
À entrada, lia-se uma palavra tranquilizadora:
"Banhos".
Os que entravam, despiam-se, pensando tratar-se de uma operação de desinfecção, acabando, afinal, por se encontrarem com a morte...
Auschwitz, Janeiro de 1944
Primo Levi
Os sonhos surgiam nas noites brutais,
Sonhos recheados e violentos
Sonhados de corpo e alma,
De ir para casa, de comer, de contar a nossa história,
Até que, depressa e baixinho, vinha
O toque da alvorada:
Wystawach
Agora encontrámos de novo a nossa casa.
A nossa fome foi saciada,
Todas as histórias foram contadas.
Está na hora. Não tardaremos a ouvir de novo
A ordem alheia:
Wystawach
Testemunho de Primo Levi - químico, membro da resistência,
sobrevivente de Auschwitz .
É impossível acreditar seja no que for, num mundo que deixou de considerar o homem como homem, que prova repetidamente que ele já não é um homem.
Simon Wiesenthal , Os Girassóis
Simon Wiesenthal , Os Girassóis
VLW AJUDOU MUITO
ResponderEliminar