Ser alegre , é uma característica que deve nortear a nossa vida. É uma virtude que devemos esforçar-nos por conquistar; não aquela alegria que oscila à mercê dos acontecimentos, que varia com a mudança das condições psicossomáticas do indivíduo; mas, a que indicia uma consciência serena e cristalina, a que se desprende de um caráter impoluto e de uma vida isenta de fraude, a que provém em suma, da subordinação absoluta da vontade humana, à divina.
Esta é a alegria das almas gigantes que, em grau superlativo, se deve cultivar.
É por demais evidente que, se o mau humor nos é familiar, a nossa presença possa vir a ser forçosamente molesta e dela todos procurem libertar-se.
Quem desejará copiar o nosso teor de vida se, olhamos o futuro deprimidos, apreensivos, ou se, estáticos e melancólicos, nos debruçamos sobre o passado ?
Como criaremos entusiasmo nos outros, se o nosso espírito andar oprimido pela tristeza e fortemente angustiado ?!
Como terão de suportar-nos se, continuamente, nos lamentamos das adversidades ?!
Não se trata porém, de obter esta virtude por uma aquisição gratuita.
Ter alegria apenas quando um conjunto de circunstâncias favorece as nossas pretensões, nada representa de extraordinário.
Acaso, não será esta a vulgar maneira de ser ?
Entregar-se à tristeza e ao desânimo quando no caminho se interpõem obstáculos e dificuldades, e à porta batem problemas, aflições, com insistência, o sofrimento, não será uma reação comum ?
Não deve haver coisa alguma na vida do crente que lhe possa roubar esta alegria.
" Se as coisas correm bem, alegremo-nos, louvando o Criador! Se correrem mal, procuremos ter paz e confiemos-lhe o cuidado dos nossos problemas".
Este é o segredo da nossa alegria.
Só nós os crentes, temos o monopólio da alegria. Os outros podem divertir-se , mas desafio-os a que se sintam alegres. A verdadeira alegria só pode advir de uma boa consciência.
F. Malça
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